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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Encontro com o Théâtre du Soleil

Ansiedade, curiosidade, expectativas...
Isso era o que nos acompanhava na viagem até Porto Alegre para assistir “Os Náufragos da Louca Esperança”, do Théâtre Du Soleil, na tarde do domingo, 11 de dezembro.
Chegamos animados, Loucos pelo que estava por vir!
Adentramos aquele espaço, especialmente construído, para caracterizar a Cartoucherie (sede do Théâtre do Soleil na França), com olhares atentos, buscando enxergar tudo, desde os camarins abertos, onde os atores preparavam-se para entrar em cena, até o palco, a platéia, os instrumentos musicais.


E quando o momento de começar aproxima-se, lá aparece ela, a organizadora daquele grande espetáculo: Ariane Mnouchkine!
Com um sorriso nos lábios ela saúda a todos: “Bonsoir!” Fala da alegria de estar de volta ao Rio Grande do Sul e pede que todos se apertem um pouquinho em seus lugares, pois a lista da Esperança estava grande e como era o último dia, não seria agradável deixar alguém de fora.
Seu pedido foi atendido e todos se sentaram para prestigiar o espetáculo.


Uma narração em português orientava o público que assistia entusiasmado a montagem do primeiro cenário – um dos pontos altos: várias trocas de cenários, um mais bonito do que o outro – e a aparição dos personagens. Logo iniciaram as falas, em francês, com legendas.


Podemos definir o que assistimos como algo mágico. De uma técnica espetacular, um domínio corporal invejável, onde até a rápida corrida, de um canto a outro do palco, era tranquila. Tudo e todos na mais perfeita sintonia, respiração extremamente controlada, interação e jogo acontecendo mesmo com quem apenas era contra-regra no momento.


Somando-se a isso, temos a participação do senhor “mister simpatia”, o brilhante músico Jean-Jacques Lemêtre! Com seus instrumentos fabulosos, tocou e encantou a todos!


Para encerrar, tínhamos que registrar aquele momento, mais do que em nossa memória, queríamos um registro fotográfico. E com um sorrisão e muita disponibilidade, Ariane prontamente atendendo o nosso (e de todos os outros que buscavam o mesmo que nós) pedido. Uma foto que ficará para a nossa história, afinal não foi apenas uma foto, foi um breve bate-papo com ela, que já escreveu seu nome na história do teatro mundial. Humildemente, com curiosidade perguntou de onde éramos, e quando dissemos que cursávamos teatro, ela nos desejou sorte, força! A sinceridade com que ela nos disse, sorrindo, ficará guardada em nossa memória.



Esperamos a próxima oportunidade de prestigiar um trabalho tão bem feito!
Mas enquanto isso, vamos pensando no teatro que queremos fazer, que queremos ensinar... Vamos pensando no povo e para o povo! Parafraseando Mnouchkine, “o teatro popular é o que pode agradar ao analfabeto e ao professor universitário de filosofia. É aquele em que todos os cidadãos trocam reações entre si.” Reflitamos...


Por Fernanda Saldanha