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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quem ainda quer ser professor?

Artigo de João Valdir Alves de Souza*, publicado no Boletim UFMG.
Há fortes evidências, nos dias atuais, de que a profissão docente vive uma crise sem precedentes na história do nosso ensino. A despeito da grande diversidade de condições da oferta e demanda por escolarização, tanto no que se refere à condição docente quanto à condição discente, produto da diferenciação sociocultural e das desigualdades socioeconômicas, essa crise atravessa a estrutura da escola de alto a baixo.

Ela combina ingredientes de natureza muito diversa, mas o elemento-chave da sua explicação é o baixo valor do diploma de professor, sobretudo na educação básica, tanto no mercado de bens econômicos (salário) quanto no mercado de bens simbólicos (prestígio). Esse baixo valor do diploma expressa um terrível paradoxo: quanto mais expandimos a oferta do ensino, maior se revela nossa dificuldade de formar professores para atendê-la.


Estamos pagando o preço caro de uma conquista. Desde o século 18, na Europa, e pelo menos desde o final do século 19, no Brasil, reivindica-se educação como direito do cidadão e dever do Estado. Pois bem, todos - ou quase todos - vieram para a escola. Vieram os camponeses, os das periferias urbanas, os indígenas, os deficientes físicos e, inclusive, os que não querem saber de escola. Vieram por direito, resultado de lutas históricas pela sua inclusão nos sistemas de ensino. Mas, como não há milagres em matéria de educação e ensino, isso também exigiria formar em quantidade e qualidade os professores que dariam conta dessa tarefa em condições que obedecessem a patamares mínimos de decência.


O Brasil universalizou recentemente o ensino fundamental e trabalha arduamente para universalizar, até 2016, a educação infantil e o ensino médio, cujo atendimento está na casa de míseros 50%. Não bastasse a escassez de professores para a demanda atual, que o MEC já contabiliza na casa dos 250 mil, sobretudo para o ensino das ciências, universalizar a educação básica implica a necessidade de formar mais e bem os professores para realizar a tarefa. Essa legítima proposta do Plano Nacional de Educação esbarra, contudo, em problemas cuja gravidade nos deixa poucas expectativas para sua realização.


Um desses problemas é a baixa atratividade da carreira docente, com recrutamento dos estudantes dos cursos de licenciatura justamente entre aqueles de escolarização básica mais precária. Indicador preocupante dessa baixa atratividade está expresso na relação candidato/vaga dos últimos 13 vestibulares da UFMG (2000-2012), o que parece estar longe de ser uma situação exclusiva desta Universidade. Em 2000, dos 17 cursos mais concorridos, seis formavam professores. Para o vestibular 2012, não há um único curso de licenciatura entre os 15 mais concorridos.


Mantida a atual tendência, em três ou cinco anos não teremos candidatos aos cursos de licenciatura. Cursos como Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Pedagogia, que eram disputados numa correlação de 12 a 30 candidatos por vaga, há dez anos, para 2012 contarão, respectivamente, com 3,5; 2,1; 1,6; 4,8; 1,4; 2,9 e 3,0 candidatos para cada vaga. Mesmo considerando que houve aumento do número de vagas em alguns deles, redução da concorrência em outros cursos que não os de licenciatura e que caiu de 18 para 9 a média geral da relação candidato/vaga na universidade, a generalizada queda da concorrência nos cursos de licenciatura é forte evidência de que há pouco interesse pela docência atualmente.


Mas isso é apenas parte do problema. Um segundo elemento a ser considerado é o elevado índice de desistência da profissão. Grande número dos que se formam professores não terão as salas de aula como destino ocupacional. A universidade fez elevado investimento, nas duas últimas décadas, criando cursos exclusivamente de licenciatura, em que a escolha precede o vestibular. Grande parte dos alunos desses cursos diz explicitamente que a sala de aula não é a sua opção. E um dos motivos mais apontados é a informação sobre o elevado índice de abandono da profissão, isto é, professores experientes que se afastam por adoecimento ou por não suportarem mais ser vítimas de violência física e/ou simbólica no cotidiano da sala de aula.


Internamente, a Universidade tem enfrentado o problema com ações como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que concede bolsas de estudos e um trabalho de formação diferenciada para alunos dos cursos de licenciatura. Contudo, se não forem modificadas as condições gerais da docência, para fazer dela uma carreira atraente, simplesmente não teremos professores para atuarem na universalização da educação básica.

*João Valdir Alves de Souza é professor de Sociologia da Educação na FeE/UFMG, coordenador do Colegiado Especial de Licenciatura e do Grupo de Pesquisa sobre Formação de Professores e Condição Docente.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Espetáculo da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, em Santa Maria!

No último sábado, dia 12, a comunidade santa-mariense teve a oportunidade de prestigiar um belíssimo espetáculo de rua da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre, com a peça “O Amargo Santo da Purificação”, que a partir da história de vida e luta de Carlos Marighella, dedica-se à memória de todos os mortos e desaparecidos políticos que lutaram contra a ditadura militar em nome da liberdade e da justiça social para todos os brasileiros.


Emocionante! Assim podemos definir o espetáculo. De uma riqueza poética, de uma simplicidade sublime, que encanta e toca a todos que o assistem. Desde a história, que por si só já impressiona, até o trabalho dos atores, os figurinos, os materiais utilizados em cena, as músicas cantadas e tocadas pelos atores, o conjunto todo da obra é fabuloso!

 

Em tempos que chamam tudo de espetáculo, ter contato com um trabalho que traz à tona a reflexão, de modo tão completo, é apaixonante.

“Conformismo é a morte!”


Por Fernanda Saldanha

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )

sábado, 5 de novembro de 2011

Oficinas no TUI

Monsieur “Flop” - Oficina de Clown

Programa:

- Encontro com o “Flop”- vulnerabilidade e desnudamento.
- Relação com o “Flop”
- Prazer e Presença
- Triangulação
- Jogos com objetos e figurinos
- Gags

Ministrante: Luana Rodrigues Michelotti

Data: 21 à 25 de novembro, das 18:30 às 21:30

Carga Horária: 20 horas

Local: TUI (Teatro Universitário Independente) Rua Duque de Caxias 380. Fone: 32176600.

Investimento: 85 reais

Vagas: 25

Necessidades técnicas: sala ampla, aparelho de som, colchonetes, bola.

Público alvo: atores ou pessoas interessadas em autoconhecimento.

Resumo do currículo:
Luana Rodrigues Michelotti é graduada em Bacharelado em Artes Cênicas (opção Interpretação Teatral) e Educação Artística – Licenciatura plena – Habilitação Artes Cênicas na UFSM. Tem especialização na École Philippe Gaulier (Paris - França) patrocinada pelo Governo Federal através do Programa  ApARTES – Capes, onde aprofundou seus estudos em gêneros e estilos teatrais. Foi integrante do Grupo Internacional de Assistentes de Pesquisa do mímico Thomas Leabhart na Califórnia – USA, onde realizava trabalho prático com as técnicas do mimo corpóreo de Etienne Decroux e suas aplicações em projetos individuais e coletivos. Com a Cia Pigmalião de Pesquisa Teatral realizou investigação sobre o Sistema de Stanislavski com ênfase na Análise Ativa, sob a orientação de Nair D’agostini (pós-graduada pelo Instituto Estatal de Teatro, Música e Cinema de Leningrado- URSS). Trabalhou como professora de Interpretação Teatral e Direção do Departamento de Artes Cênicas da UFSM. Tem aperfeiçoamento no Centro de Tecnologia do Espetáculo de Madrid com bolsa do Ministério da Cultura da Espanha; formação de Educadores Brincantes do Teatro Escola Brincante de Antônio Nóbrega e formação em terapias corporais como bioenergética e massagem indiana.
Participou como atriz em diversas montagens como “A Dócil” (direção Nair D’agostini) “Os Tambores Silenciosos” (direção Inês Marocco), “Catástrofre” (Direção Mariane Magno), “Improviso de Ohio” (direção Adriane Patias).
Desenvolveu projetos artísticos e pedagógicos com crianças em ambiente hospitalar, crianças em situação de risco social, pessoas com necessidades educacionais  especiais, adolescentes e idosos.
Ministra oficinas em festivais de teatro como Festival de Teatro Independente de Santa Maria (FETISM-RS), Festival Internacional de Teatro de Londrina (FILO - Paraná) e Festival Internacional de Teatro de Dourados (MS). Recebeu em 2010 da Secretaria da Educação de Porto Alegre o Prêmio “Professor Excelência” pelo trabalho de teatro realizado na Educação de Jovens e Adultos (EJA), da rede municipal de ensino.


O jogo cênico - Oficina de teatro

Programa:

 A oficina propõe uma vivência com jogos e exercícios para o desenvolvimento de princípios básicos para atuação no teatro: cumplicidade, prazer, presença, expressão corporal, improvisação, percepção, criatividade, percepção e concentração.
A oficina também trabalha com a expressividade de danças brasileiras -como ciranda, côco e cavalo marinho- e exercícios corporais da bioenergética para o alcance deste corpo vivo e disponível para o jogo cênico.

Ministrante: Luana Rodrigues Michelotti

Público alvo: atores ou não-atores, com idade mínima de 14 anos.

Necessidades técnicas: sala ampla, aparelho de som, bola.

Carga Horária: 12 horas

Vagas: 25

Dias: 8 a 11 de novembro das 18hs as 21hrs.

Investimento: 65 reais

Local: TUI- Teatro Universitário Independente. Rua Duque de Caxias 380. Fone: 32176600

Resumo do currículo:
Luana Rodrigues Michelotti é graduada em Bacharelado em Artes Cênicas (opção Interpretação Teatral) e Educação Artística – Licenciatura plena – Habilitação Artes Cênicas na UFSM. Tem especialização na École Philippe Gaulier (Paris - França) patrocinada pelo Governo Federal através do Programa  ApARTES – Capes, onde aprofundou seus estudos em gêneros e estilos teatrais. Foi integrante do Grupo Internacional de Assistentes de Pesquisa do mímico Thomas Leabhart na Califórnia – USA, onde realizava trabalho prático com as técnicas do mimo corpóreo de Etienne Decroux e suas aplicações em projetos individuais e coletivos. Com a Cia Pigmalião de Pesquisa Teatral realizou investigação sobre o Sistema de Stanislavski com ênfase na Análise Ativa, sob a orientação de Nair D’agostini (pós-graduada pelo Instituto Estatal de Teatro, Música e Cinema de Leningrado- URSS). Trabalhou como professora de Interpretação Teatral e Direção do Departamento de Artes Cênicas da UFSM. Tem aperfeiçoamento no Centro de Tecnologia do Espetáculo de Madrid com bolsa do Ministério da Cultura da Espanha; formação de Educadores Brincantes do Teatro Escola Brincante de Antônio Nóbrega e formação em terapias corporais como bioenergética e massagem indiana.
Participou como atriz em diversas montagens como “A Dócil” (direção Nair D’agostini) “Os Tambores Silenciosos” (direção Inês Marocco), “Catástrofre” (Direção Mariane Magno),“Improviso de Ohio” (direção Adriane Patias).
Desenvolveu projetos artísticos e pedagógicos com crianças em ambiente hospitalar, crianças em situação de risco social, pessoas com necessidades educacionais  especiais, adolescentes e idosos.
Ministra oficinas em festivais de teatro como Festival de Teatro Independente de Santa Maria (FETISM-RS), Festival Internacional de Teatro de Londrina (FILO - Paraná) e Festival Internacional de Teatro de Dourados (MS). Recebeu em 2010 da Secretaria da Educação de Porto Alegre o Prêmio “Professor Excelência” pelo trabalho de teatro realizado na Educação de Jovens e Adultos (EJA), da rede municipal de ensino.



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Término do Seminário e agradecimentos.

Infelizmente acabou, mas com a imensa sensação do dever cumprido, muito trabalho, correria, colaborações  inúmeras - à elas vai todo nosso carinho e agradecimento - à todas as pessoas que se engajaram dispondo de seu conhecimento, experiência, para que o evento fosse possível! À todas as pessoas que prestigiaram o seminário também o nosso muito obrigado, valeu, mesmo!!
Chegamos ao fim desse voo muito satisfeitório, com a certeza de que estamos fazendo algo em busca de nossa poética e com muita coletividade e força, alguns dos objetivos pretendidos. Sempre pretendendo voos mais altos, nunca perdendo a dedicação e a sensibilidade.


E fique ligado, em breve mais novidades!!!


Segue link de participantes do Seminário:

domingo, 9 de outubro de 2011

Chegou a hora: Amanhã começa o "I Seminário de Licenciatura em Teatro da UFSM"!

Por Amauri Araujo Antunes

         Todo seminário é um momento de plantar ideias.
         A origem da palavra está relacionada justamente a sementes e a plantio.
         Um Seminário deve ir além de questões como “ensinar” ou “aprender”, precisa propor-se a uma prática criativa e sensível de pensamento coletivo.
         O Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Santa Maria, em seu segundo ano de existência, traz como tema para este momento de reflexão coletiva, um desdobramento tríplice para “Teatro”, pensando-o como manifestação artística e educacional, além de observar sua relação com os diversos conceitos de “Escola”.
         A programação deste Seminário foi feita para reunir pessoas de diversas procedências: pesquisadores, artistas, professores e acadêmicos, além do público em geral. O principal objetivo é ampliar o campo do pensamento sobre “Teatro”, de forma a cumprir a função tríplice da ação universitária: Pesquisa, Ensino e Extensão.
         Como atividade de Ensino, esperamos que este evento contribua  para uma formação de melhor qualidade para aqueles que futuramente receberão o título de “Professores de Teatro” e para aqueles que professam esta arte, mesmo sem tal título.
         “Professar Teatro” é o que têm feito os diversos artistas e grupos que estarão presentes neste evento, comprovando a força da arte na transformação social. Talvez esta seja a melhor e mais eficiente forma de aproximar a Universidade da população. Esperamos que este seminário auxilie nesta que é a mais importante missão da prática acadêmica: difundir o conhecimento, melhorando a qualidade de vida para todos.
         Pesquisar, para um Professor de Teatro, é ampliar o conhecimento, investigando possibilidades de aproximação entre culturas, explorando os diversos níveis de Ensino, conhecendo suas particularidades e estudando meios que possibilitem trocas de informações, práticas e vivências. Neste sentido, este Seminário é, sem dúvida alguma, uma atividade de pesquisa.
         Acreditamos que a união de profissionais e amadores, artistas com décadas de atividade e iniciantes, estudantes e professores, representantes da cultura popular e da cultura erudita, adultos e crianças... enfim: acreditamos que a multiplicidade de enfoques semeie nossas mentes de novas ideias, criativas e críticas.
         Foi este o espírito que animou a realização deste Seminário, o mesmo espírito que anima a prática teatral em todas as suas manifestações.
         Queiram os deuses do teatro que atinjamos nossos objetivos: Evoé Baco!

Apresentações que abrilhantarão o Seminário

Espetáculo-jogo: “... e o gato não comeu!!!”

Ficha técnica:
Direção e texto: Adriano Moraes
Elenco: Elias Pintanel, Laerte Sancho, Maurício Mezzomo, Maurício Rodrigues.
Figurinos, cenários e adereços: Marcelo Silva

Release:
"... e o gato não comeu!!!" é um espetáculo-jogo feito para crianças. O texto foi escrito em 1995 quando Adriano Moraes ministrava aulas de literatura e teatro para alunos do ensino fundamental em um projeto chamado “Oficina da Palavra”. A dramaturgia abarca todo um universo em que os atores brincam com as palavras por meio do teatro. O espetáculo-jogo é regulado através da interação com os espectadores, as crianças que são as grandes responsáveis pelo andamento da ação dramática.
Aos atores cabe vivenciar uma gostosa aventura permeada por uma série de brincadeiras antigas e sempre novas: esconde-esconde, casinha, jogos de roda, trava-línguas, parlendas, enfim, uma aventura pelo mundo das brincadeiras tradicionais. A cada momento a platéia é convidada a participar: cantando, contando, gritando, etc. 
"... e o gato não comeu!!!", espetáculo-jogo para crianças, é também um exercício de formação de platéia. Ao se mostrar como jogo, permite aos espectadores compreender o funcionamento mesmo da linguagem do teatro. O espetáculo se configurou na principal ação do projeto Núcleo de Teatro Universitário: Escola Itinerante de Espectadores. Desde o início 2010 o espetáculo foi apresentado cerca de 60 vezes.


PEÇA TEATRAL: “MARIETA VAI À LUTA”

Ficha Técnica:
Direção e Texto: Rosemar Vestena
Elenco:
Inácio Piovesan –  agricultor e  ator (Gigio)
Bernardo Piovesan – operário e ator (Menegheto)
Cláudio Piovesan - operário e ator ( Padre Michele)
Tarcisio Piovesan – operário e ator  (Checo)
Arlete Binoto – aposentada e atriz ( Genoveva)
Rosemar Vestena – professora e atriz (Marieta)
Rodrigo Manfio – ( Toniti)
Jurema Dalcin – comerciante e atriz (Nonna)
Nelci Piovesan – comerciária  e contra-regra
Cenário de Figurino: O grupo
Produtora: Arlete  Alessio Binotto

Release:
A comédia apresenta o cotidiano de uma dona de casa, Marieta, em busca de melhores condições de vida e espaço na sociedade. Diante disso, candidata-se a vereadora a contragosto do seu marido, Gigio. Este reluta e pede conselhos aos visinhos, mas, percebe que todos estão apoiando a Marieta inclusive, o Padre.


PERFORMANCE: “FIRMINA”
Luise Scherer Carvalho/Macondo Coletivo

Bacharel em Artes Cênicas – Interpretação Teatral (UFSM – 2006). Atriz que desenvolve pesquisa de linguagem híbrida entre teatro, dança e performance. Participa da Associação de Produtores Independentes Macondo Coletivo, grupo ligado ao Circuito Fora do Eixo e responsável pelo Festival de Teatro Independente de Santa Maria – FETISM, entre outros eventos culturais.
A personagem Firmina surgiu durante o processo criativo de “Água Quente Erva e Cuia”, com direção de Régis D'Ávila. Inicialmente, Firmina compunha uma dupla com sua irmã Floxina - criada pela atriz Paula Lafayette. As duas "velhas", como são carinhosamente chamadas, se desenvolveram no show de humor “Uivo do Coyote”, em um quadro chamado "Falando de Sexo com Firmina e Floxina", uma paródia do Talk-show (também apresentado por uma senhora de idade): "Falando de Sexo com Sue Johanson". Por mais de um ano, as duas imigrantes compartilharam seus conhecimentos sobre sexo, sob uma ótica rural, "sem muita frescura" - digamos assim. As duas partiram para carreiras-solo, uma no Rio Grande do Sul e outra no Rio de Janeiro.


Oficina que será ministrada pelo Núcleo de Teatro da UFPel no "I Seminário de Licenciatura em Teatro da UFSM"

Forma-ação do atorprofessor: processos criativos do Núcleo de Teatro da UFPel

Ministrantes: Elias Pintanel / Giovanna Hernandes / Laerte Sancho /
                       Mauricio Mezzomo / Mauricio Rodrigues
Coordenação: Prof. Adriano Moraes

Proposta:
A oficina objetiva identificar e evidenciar os principais caminhos adotados no Núcleo de Teatro da UFPel, espaço que se caracteriza pela convergência entre ensino, extensão e pesquisa. A proposta está organizada em temas, sendo que um tema é interdependente de outro.
Os temas a serem abordados são:
Tema 01: preparando o terreno (rotinas do atorprofessor);
Tema 02: inícios do processo (formas como referências)
Tema 03: eu como princípio ativo (ações sobre e a partir de formas)
Tema 04: do real e do representativo (o espaço como limite e possibilidades)
Tema 05: o teatro como jogo explicitado (a ação do atorprofessor)
A oficina apresenta discussões a partir de práticas. Cada tema é abordado a partir de um exercício criativo. É interessante que os participantes da oficina possam assistir ao espetáculo-jogo.

Dados técnicos:
Número de participantes: 12
Tempo de duração: 2h30min
Necessidades: participantes com roupa de trabalho, espaço amplo, aparelho de som e data-show.

Grupos artísticos participantes do Seminário

TEATRO UNIVERSITÁRIO INDEPENDENTE – O TUI foi fundado em 1968, por Clênio Faccin, egresso do “TUSM” – Teatro Universitário de Santa Maria. O grupo surgiu de uma dissidência política, logo após a participação do “TUSM” no “I Festival Municipal de Manizales” (Colômbia), em 1968. A proposta que deu origem ao grupo propunha-se a levar teatro ao povo, formar seus atores e desenvolver laboratórios de experimentação teatral. Seus 43 anos de história o credenciam como um dos grupos mais antigos em atividade no país.

GRUPO FROTOLE DEL BARACON – O Grupo Teatral Frotole Del Baracon (histórias do barracão) pertence ao departamento cultural da Sociedade Esporte Clube Guarani, do município de Nova Palma, RS vem desde maio de 1991 apresentando suas comédias ora em dialeto vêneto, ora apenas com o sotaque italiano. O grupo já, escreveu, produziu e apresentou treze comédias, sempre contando e recuperado o modo de ser e de fazer das colônias Italo-brasileiras. No ano de 1995 publicou o livro FROTOLE DEL BARACON, patrocinado pela Pró-reitoria de Extensão da UFSM. No final do ano de 2002 transformou uma de suas comédias em um filme chamado La Fortuna del Gigio. Desde a estréia, são cerca de quatrocentas apresentações no Rio Grande do Sul, Paraná, Argentina e na região do Vêneto, da Itália. O grupo é constituído por um elenco identificado com a colonização italiana sendo que todos os integrantes são
descendentes de colonos.

PALCO FORA DO EIXO – Iniciativa surgida da necessidade de agregação e fortalecimento dos grupos teatrais independentes. Tem o objetivo de fomentar e estimular a capacidade criativa dos profissionais, além de promover a interação entre diferentes linguagens que compõem a criação artística contemporânea. Em nível nacional, o projeto insere-se nas iniciativas do Circuito Fora do eixo, que busca desenvolver uma rede nacional de produção teatral, circulação e difusão de cultura e conhecimento.

CIA. SORRISO COM ARTE – Companhia formada em 2002, a partir de oficinas de dança desenvolvidas no Colégio Coração de Maria, em Santa Maria – RS, sob a coordenação da professora Karine Pissutti. Ao longo de sua trajetória, a Sorriso com Arte tem recebido diversos prêmios, caracterizando-se pelo hibridismo de sua proposta artística que envolve, teatro, dança e, principalmente, circo.

SACA-ROLHAS TEATRO & CIA - Companhia profissional, dirigida por Jader Guterres e composta pelos atores: Luciano Gabbi, Camila Borges e Renata Quartiero. O grupo tem como objetivo difundir e proporcionar artes cênicas para as mais variadas classes sociais de forma a valorizar a cultura, o teatro, as artes e o entretenimento. Enfatizam a qualidade da atuação, dos figurinos e da maquiagem. Entre seus projetos, destaca-se o “Kombão de histórias”, que difunde a cultura transformando uma Kombi em palco.

TV OVO – A Oficina de Vídeo - TV OVO trabalha há 15 anos na formação de jovens e adolescentes da periferia e com produção audiovisual. Desde 2005 é Ponto de Cultura e atua com projetos financiados pelo Ministério da Cultura - MinC. Durante sua trajetória acumulou parcerias e experiências, trabalhando com o Canal Futura, TVERS, CESMA, SMVC, UFSM, 8ª CRE, Secretaria de Educação e Secretaria de Cultura
do Município. Entre seus projetos destacam-se o TV OVO no Ônibus (Prêmio Mídia Livre 2009/ MinC), o Projeto Por Onde Passa a Memória da Cidade (Prêmio Cultura Viva 2010/ MinC), o Projeto Olhares da Comunidade e a Biblioteca do Audiovisual Sérgio de Assis Brasil.

NÚCLEO DE TEATRO DA UFPEL – Projeto de extensão da Universidade Federal de Pelotas, organizado em 1995, com o nome de Grupo Teatro Universitário. O grupo foi coordenado, entre 1995 e 2005, pela professora do Instituto de Letras e Artes, Fabiane Tejada da Silveira. Atualmente, seu coordenador é o Prof. Adriano Moraes de Oliveira. Entre os objetivos do grupo, estão: produzir espetáculos e/ou performances que possam ser apresentadas em unidades acadêmicas e/ou escolas da rede pública;
contribuir na formação de espectadores. Tais objetivos são plenamente atingidos em seu espetáculo-jogo “E o gato não comeu”.

Professores e pesquisadores participantes do Seminário

Adriana Jorge Lopes Machado Ramos – UFRGS
Licenciada em Educação Artística e Artes Cênicas pela UniRio (1995); Mestra em Literatura - Teoria Literária, pela UFSC; Doutora em Letras – Literaturas Brasileira, Portuguesas e Luso-Africanas, pela UFRGS. Atriz e autora de Literatura Infanto-Juvenil. Entre suas obras destaca-se: "O pai da filha e a filha do Pai" pela editora W11. Áreas Principais de Atuação: narrativas de tradição oral, e, encenação de textos literários.

Adriano Moraes de Oliveira – UFPel
Bacharel em Artes Cênicas - Interpretação Teatral pela UEL (2002); Mestre em Teatro pela UESC (2005); Doutor em Educação pela UFPel. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Processos Criativos em Artes Cênicas. Coordena o Núcleo de Teatro da UFPEL. Áreas Principais de Atuação: Teatro, Poéticas de Ator, Formas do Drama, Pedagogia do Teatro.

Amauri Araújo Antunes – UFSM (CAL/DAC)
Bacharel em Artes Cênicas – Interpretação Teatral pela UNICAMP (1995); Mestre em Letras – Teoria Literária pela UNICAMP (1999); Graduado em Letras – Português pela UNICAMP (2002); Licenciado em Letras pela UNICAMP (2003); Doutor em Teatro pela UniRio (2006). Foi professor e Vice-coordenador do curso de Artes Cênicas da UEL (1999-2001); professor da rede pública do município de Taubaté –SP (2008-2011). Ator, Autor, Diretor Teatral e Iluminador Cênico. Áreas Principais de Atuação: Teatro, Formação do Professor, Cultura Popular, Poéticas da Cena, História do Teatro Brasileiro, Dramaturgia do Ator.

André Luís Rosa – NuMiollo: Núcleo de Investigação da Cena
Performer/Ator e Educador em Arte. Ator pelo INDAC - Instituto de Artes e Ciências (2000); Graduado na Licenciatura em Educação Artística – Artes Cênicas, pela UNESP (2004); Mestre em Artes Cênicas pela UFBA (2008). Foi professor e Vicecoordenador da Licenciatura em Teatro da UFS (2009-2010); Professor Substituto na Escola de Teatro da UFBA (2005-2007); Professor de teatro (Ensino Fundamental e Médio) da rede pública entre 2003 e 2008. Desenvolve pesquisa continuada em teatro e performance junto ao NuMiollo, coletivo de artistas fundado desde 2004. Áreas Principais de Atuação: Performance e Pedagogia (Estudos da Performance, Pedagogia da Performance, Pedagogia Crítica, Estudos Feministas, Teoria Queer, Pós-Estruturalismo etc).

Beatriz Maria Pippi Quintanilha – UFSM (CAL-DAC)
Graduada em Educação Artística - Hab. Artes Cênicas pela UFSM (1980); Especialista em Metodologia do Ensino para Disciplinas Específicas pela UFSM (1985); Especialista em Artes Cênicas - Teatro e Dança pela USP (1992); Especialista em Terapia Corporal Eutonista pela Escola de Eutonia da América Latina (1995); Mestra em Artes pela USP (1999). Áreas Principais de Atuação: Teatro, Expressão Corporal e Vocal, Eutonia, Peças Didáticas, Jogo Teatral.

Cláudia Ribeiro Bellochio UFSM (CE-MEN)
Graduada em Música pela UFSM (1987); Graduada em Pedagogia pela UFSM (1989); Mestra em Educação pela UFSM (1994); Doutora em Educação pela UFRGS (2000). Presidente do Conselho Editorial/editora da Revista do Centro 8de Educação da UFSM. Foi editora da Revista da Associação Brasileira de Educação Musical nos anos de 2007/2009. É membro da diretoria da Associação Brasileira de Educação Musical com a função de coordenadora da região sul do Brasil. Coordena o grupo de pesquisa FAPEM: formação, ação e pesquisa em Educação Musical Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1D. Áreas Principais de Atuação: Educação Musical, Formação de Professores, Canto Coral, Educação e Educação Musical Escolar.

Cleonice Maria Tomazzetti – UFSM (CE- MEN)
Graduada em Pedagogia pela UFSM (1990); Mestra em Educação pela UFSM (1998); Doutora em Educação pela UFSM (2004). Atualmente é Coordenadora de Apoio do Desenvolvimento do Ensino CADE/PROGRAD e Coordenadora do Projeto Institucional Prodocência: Programa de Aceleração e Consolidação das Licenciaturas na UFSM. Áreas Principais de Atuação: Didática da Educação Infantil e Educação Superior, Práticas Educativas Escolares, Conhecimento Científico-tecnológico, Educação e Infância e Práticas Formativas de Professores.

Cristiano Bittencourt – TUI (Teatro Universitário Independente)
Ator, diretor, técnico e cenógrafo do TUI. Há 16 anos, trabalha nas linhas do Teatro-educação (Spolin) e do Teatro do Oprimido (Boal). Atualmente desenvolve trabalhos sob financiamento PROBIC CNPq no Curso de Pedagogia - UNIFRA com alfabetização linguística e alfabetização estética. É graduando formando em Pedagogia com o Trabalho "Teatro e sua Poética: um recurso didático capaz de sensibilizar para as problemáticas da educação formal". Sua prática busca associar Teatro e Educação formal, aproximando a educação formal "objetiva" da subjetividade das artes, em especial do Teatro.

Fabiane Tejada da Silveira – UFPel
Graduada e Licenciada em Educação Artística pela UFPel (1994); Especialista em Educação pela Universidade Católica de Pelotas (1996); Mestra em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2007); Doutora em Educação pela UFPel (2011). Atua desde 1990 como atriz e diretora de Teatro. Foi coordenadora por 10 anos (1995-2005) do Projeto Teatro Universitário da UFPel. Áreas Principais de Atuação: Ensino da Arte: teatro-educação, Fundamentos do Ensino da Arte, Fundamentos da Educação, Formação de Professores; Práticas Pedagógicas Emancipatórias; Estudos da obra de Paulo Freire.

Lúcia de Fátima Royes Nunes – UFSM (CE – DEM)
Licenciada em Educação Artística - Artes Cênicas pela UFSM (2000); Mestra em Educação pela UFSM (2003). Doutoranda em Educação UNICAMP, investigando o repertório do Clown na Educação. Áreas Principais de Atuação: Artes, com ênfase em Direção Teatral, Teatro, Jogo Dramático, Educação, Formação de Professores.

Luis Fernando Marques – Professor da FASE (Fundação de Atendimento Sócio-
Educativo) EEEF – Humberto de Campos- Santa Maria

Ator, diretor, iluminador e professor de teatro. Licenciado em Artes Cênicas pela UFSM. Foi Professor Substituto do curso de Artes Cênicas e, atualmente, desenvolve diversos trabalhos artísticos e sociais. Atua nas mais diversas instâncias do ensino de teatro, conciliando a prática artística e pedagógica. Destaca-se sua participação junto a jovens autores de ato infracional em situação de internação e de semiliberdade.

Marilda Oliveira de Oliveira - UFSM (CE – DEM)
Licenciada em Artes Plásticas pela UFSM (1987); Graduada em Desenho e Plástica pela UFSM (1987); Mestra em Antropologia Social pela Universidad de Barcelona (1990); Doutora em História, Geografia e História da Arte pela Universidad de Barcelona (1995). Consultora da CAPES na área de Artes. Representante Regional da ANPAP (Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas) no Rio Grande do Sul (RS). Membro da International Society for Education through Art InSEA. Áreas Principais de Atuação: Educação das Artes Visuais, Formação do Professor, Arte e Cultura.

Raquel Guerra – Pesquisadora (CAPES-UDESC) Integrante do Coletivo Teatral
“Ateliê do Comediante”

Graduada em Interpretação Teatral pela UFSM (2006); Mestra em Teatro pela UDESC (2010); Doutoranda em Teatro pela UDESC, pesquisando relações entre Ensino de Teatro e Mídias Digitais. Como arte-educadora atuou em instituições não governamentais e no ensino público e privado, principalmente no Estado de Santa Catarina. Áreas Principais de Atuação: Pedagogia do Teatro; Teatro na Escola; Processo criativo. Integra o “Ateliê do Comediante” (Santa Catarina), um coletivo teatral que realiza apresentações artísticas, workshops e oficinas.

Rosemar de Fátima Vestena – UNIFRA – Grupo Teatral Frotole Del Barracon
Graduada em Ciências Biológicas pela UFSM (1985); Mestra em Educação pela UFSM (1994); Doutoranda em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde pela UFSM. É membro do grupo de pesquisa: Formação de Professores e Docência FORPRODOC. Diretora Artística do Grupo Frotole Del Barracon. Áreas Principais de Atuação: Educação em Ciências, Educação Sexual, Saúde e Educação, Biologia,Teatro e Educação e Cultura Italo Riograndense.

Sílvia Maria de Oliveira Pavão – UFSM (CE - DEM)
Graduada em Educação Especial pela UFSM (1986); Mestra em Inovação e Sistema Educativo - Universidad Autonoma de Barcelona (1998); Doutora em Educação - Universidad Autonoma de Barcelona (2003). Desenvolve pesquisas e trabalhos em Psicologia da Educação e suas Áreas Principais de Atuação são: Educação, Saúde, Interdisciplinaridade, Aprendizagem, e Ensino.

Vera Márcia Meneses de Mesquita – UFSM (Discente) Coordenadora do
Programa de Esporte e Lazer da Cidade – Santa Maria

Atriz premiada, com participação em mais de 20 espetáculos e dois filmes. Estudou Artes Cênicas na UFRGS e atualmente cursa a Licenciatura em Teatro da UFSM. Professora de teatro por 15 anos em escola de Porto Alegre. Em Santa Maria, coordena o PELC (Programa Esporte e Lazer da Cidade) da Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer, do Ministério do Esporte, com a finalidade de proporcionar a prática de atividades físicas e de teatro para pessoas da terceira idade e interessados a partir de 45 anos.


Algumas considerações sobre o cartaz/marca do evento


Por Amauri Araujo Antunes
                Quando nos reunimos para definir as linhas gerais deste Seminário, iniciamos um processo de revisões. Em torno da mesa, nos vimos como um grupo de aprendizes, integrantes de um curso que também está aprendendo seu papel nesta Universidade.
                Uma sensação de não-lugar, não pertencimento, desajuste mesmo, parece acompanhar a função de Professor de Teatro (se este sentimento não for comum a todos professores de artes).
                Penso que tal impressão, talvez ocorra pelo hibridismo da função. Um Professor de Teatro deve ser ator, diretor, autor, artista e, sobretudo, PROFESSOR.
                Além disso, precisa agir na inter e na transdisciplinaridade, dar conta dos conteúdos, estimular talentos, enfrentar preconceitos de professores e diretores, propiciar vivências, contribuir para o amadurecimento emocional dos estudantes, criar espetáculos, renovar a estética...
                Sentíamos que o cartaz do Seminário deveria fazer alusão às particularidades maravilhosas desta função.     
              Após muitas reuniões, algumas ideias, mas nada que contentasse a todos. Foi com este espírito que saí a passear em torno do CAL, municiado de uma pequena câmera digital, procurando imagens inspiradoras.
                Parei em frente ao impressionante Painel do Professor Juan Amoretti: Quinhentos anos de invasão da América (1992). Emocionei-me como se eu jamais o tivesse percebido. Passei a fotografá-lo em seus detalhes. Closes de animais, feições, conquistadores e conquistados, até que parei em uma expressão mista de medo e espanto. Parecia pertencer a um ser alado. Anjo decaído? Ícaro prestes a voar? Visões de um paraíso terreal perdido?
                Aquela imagem me fez pensar na nossa inquietação humana: a busca incessante de realizar nossos sonhos e o medo de fazê-lo. O medo e o prazer do vôo.
                A imagem encravada naquele painel fixado na parede do teatro gritava e sussurrava seus segredos. Era um eco dos pensamentos sobre o Seminário, eco do pensamento de todos os Professores, de todas as artes, eco de tempos imemoriais.          
                A imagem produzida por um artista peruano (também um professor) pareceu-me a resposta que procurávamos. Montei um esboço do cartaz, algo muito rudimentar, mas os outros integrantes do grupo conseguiram captar a ideia. Depois, outro grande artista, que prefere manter-se no anonimato, corrigiu os rabiscos e deu-lhes as formas que ilustram nossa programação, atitude que nos deixou muito gratos.
                Qualquer trabalho pode ser questionado e criticado. O inquestionável é o prazer maior de sintetizar, artisticamente, algo que é indizível e que funde em si tantos outros indizíveis. Isso é preciso aprender. E ensinar. E aprender a ensinar.
                Assim, dos não-lugares do Professor de Teatro, parece surgir nosso grande desafio: educar o espírito. Papel que cabe à arte, a grande professora da vida, e aos professores que ensinam arte, a quem agradecemos: obrigado.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PROGRAMAÇÃO COMPLETA!

I SEMINÁRIO DA LICENCIATURA EM TEATRO DA UFSM
TEATRO: EDUCAÇÃO, ESCOLA e ARTE
Coordenador: Prof. Dr. Amauri Araujo Antunes


PROGRAMAÇÃO:

Dia 10 de outubro
Auditório Audimax (Centro de Educação)

18h30 – Abertura
19h00 Mesa: Teatro e Pedagogia.
Mediação: Profa. Ms.Beatriz Maria Pippi Quintanilha - UFSM
Participação:
Profa. Ms. Lúcia de Fátima Royes – UFSM   
Prof. Dra. Silvia Maria Pavão UFSM
Cristiano Bittencourt (Grupo TUI)


Dia 11 de outubro
 Auditório Audimax (Centro de Educação)

18h30 – Mesa: Artes e Licenciaturas.
Mediação: Vera Mesquita (discente da Licenciatura em Teatro)
Participação:
Prof. Dr. Amauri Araujo Antunes – UFSM (teatro)
Profa. Dra. Claudia Ribeiro Bellochio UFSM (música)
Profa. Dra. Marilda de Oliveira Oliveira – UFSM (visuais)


Dia 12 de outubro
Teatro Caixa Preta (Centro de Artes e Letras)

14h30 Espetáculo: "MARIETA VAI À LUTA"
                                        Grupo: Frotole Del Baracon
Intervenção Artística: Luise Scherer
16h00 Mesa: Teatros alternativos.
Participação: Grupos e Companhias de teatro da cidade e região:
Raquel Guerra (Ateliê do Comediante)
Frotole Del Barracon
Palco Fora do Eixo
Sorriso com Arte
Teatro Saca Rolhas
TV OVO

Dia 13 de outubro
Escola Celina de Moraes (Km 3)
Sala 1321 (Centro de Artes e Letras)

14h00 – Espetáculo-jogo: “... E O GATO NÃO COMEU”
                                             Núcleo de Teatro UFPEL  (EMEF Celina de Moraes)
17h00 Oficina do Núcleo de Teatro UFPEL (Sala 1321)


Dia 14 de outubro
UFSM – CAL – Sala 1203
14h00 – Comunicações/Trocas de Experiências.
Mediação: Prof. Dr. Amauri Araujo Antunes – UFSM

14h00 Sessão I: Programas de Iniciação à Docência
Convidados: Profa. Dra. Cleonice Maria Tomazzetti – UFSM
                          Profa. Dra.Fabiane Tejada da Silveira – UFPel

15h00 Sessão II: Teatro e Liberdade
Convidado:  Prof.Luis Fernando Marques (Bando)
                        FASE – EEEF – Humberto de Campos- Santa Maria

15h30 Sessão III: Projetos e Perspectivas
(Professores Ingressantes no curso de Licenciatura em Teatro da UFSM)
Convidados: Prof. André Luis Rosa
                          Profa. Adriana Jorge Salomão

16h30 Encerramento.